Campanha Educação não é fast-food. Defesa de direitos ou discriminação mascarada?

A pouco tempo foi lançada na Internet uma campanha com o seguinte lema: Educação não é Fast-food. Diga não para a graduação à distância em Serviço Social. 
Apesar do lema agressivo, a campanha segundo seus idealizadores, não quer discriminar ninguém, mas sim "defender a democratização do ensino com garantia de qualidade na formação de profissionais capacitados para intervir na realidade brasileira, defendendo direitos e executando políticas para combater as desigualdades. (veja na integra) 
Será que esta é a melhor forma de se defender direitos? Incitando o preconceito aos alunos que cursam EAD? Afinal, agora, todos os que de forma generalizada se opuseram à modalidade, mesmo sem conhecimento de causa, sem analisar as reais situações, julgam e acham-se neste direito, podem ter um belo "embasamento teórico" para fundamentar seus pensamentos preconceituosos. 

Neste post não tenho a menor pretensão de defender instituições, ou alunos. Sei que há sim, instituições que colocam a educação como mercadoria, assim como alunos que estão em busca apenas do certificado. Mas estes não representam a maioria! 
Percebe a generalização? Como é terrível quando se é incluído como um monte de aves a um abatedouro! Pouco importa que é você. É aluno ead? Então prepare-se para ser rotulado!

O mais irônico é que não se trata de alguns ou determinadas instituições. Pode-se ler nitidamente que a tal campanha é apoiada pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), e a ENESSO, Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social. Estranho não é?

O Fato é que nós Estudantes de Serviço Social EaD (já temos o rótulo), não podemos ficar passivos diante de tamanha discriminação, mascarada de defesa de direitos! Façamos como a aluna Fátima Barreto, que em seu blog, fala com propriedade sobre o assunto defendendo sua posição!

Segundo ela, a maioria das pessoas que falam mal, não tem sequer conhecimento de como funciona esse processo de aprendizagem. Na minha experiência pessoal, entendo que essa é uma opção para quem realmente quer estudar, para quem assumiu a responsabilidade de transpor os obstáculos impostos pelo modelo de educação ainda decadente em nosso país e assumiu o compromisso consigo, de derrubá-los para adentrar ao mundo do conhecimento que a educação oferece, seja pela via pública ou privada, presencial ou a distância. (Leia o post na íntegra! Vale a dica!)


Existe várias formas de se lutar pela igualdade na educação. Essa não é a ideal. Além de que, toda a campanha pode estar em um barco furado, visto que educação presencial não é garantia de educação de qualidade! Prova disso, são os nossos ensinos fundamentais e médios onde vemos os constantes debates sobre a caótica situação em que se encontra. 

Vemos isso também no Ensino Superior, onde Instituições Públicas entram em greve sem data para voltar. Os pobres estudantes entram na faculdade sem noção de quando irá terminar. Cursos que se estendem muito além da carga pré-estabelecida. Vejam o caso da UNEB. Mas é presencial e aí "pode"! (leia notícia) Onde as pequenas cidades (como a minha) é obrigada a cursar Administração ou pedagogia! Que tal se olhassem por aí? Acredito que se houvesse outros cursos acessíveis a todos, de qualidade, onde que já está com uma idade avançada não precise esperar 7 ou 8 anos pelo certificado, não haveria necessidade de extremismos como esta campanha! A adesão aos cursos presenciais gratuitos seria natural, e não através da coação e rotulação dos demais.

União pessoal! Nada de se intimidar com estas iniciativas, que infelizmente, parte de quem deveria dar o exemplo contra a discriminação e rotulação!


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2 Response to "Campanha Educação não é fast-food. Defesa de direitos ou discriminação mascarada?"

  1. Cátia Casaes says:

    Fico feliz em saber que pessoas capacitadas e inteligentes como vc Danilo pense de forma coerente e ao mesmo tempo de forma plural abrindo sua mente para o futuro melhor. Estamos na era da tecnologia. Muitos médicos e outros profissionais importantes já aderiram de alguma forma o meio virtual. Queira ou não queira o mundo está em constante mudanças tecnológicas. As pessoas que não acompanham o novo ficam paradas no tempo e no espaço e não conseguem evoluir. Para avaliarmos com precisão o que tem qualidade ou não, ter discernimento do que é importante precisamos estar conectados com o mundo a sua volta mesmo que seja virtual.É através da atuação do Tutor, que torna-se possível trabalhar com a emoção e a razão, através da linguagem emocional.
    Então, após vivenciar uma experiência fantástica em EAD, entendo a
    importância de estarmos receptivos ao novo, ao desconhecido.
    Egressas da Unopar tiram 10 no Exame da OAB
    Duas ex-alunas da Unopar, egressas do curso de Direito, obtiveram nota dez na 2ª fase do Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Aline Gonçalves de Mello e Fernanda Antonini foram às únicas a receberem a nota máxima na prova, entre os 173 candidatos aprovados pelo exame.
    O Exame, o primeiro de 2009, foi realizado nos dias 17 de maio (1ª fase – objetiva) e no dia 28 de junho (2ª fase – subjetiva). Conhecido pelo seu grau de dificuldade, o Exame da Ordem exige muita dedicação aos estudos, como enfatizam as novas advogadas.
    Formadas no final de 2008, Aline e Fernanda afirmam que estudavam de 6 a 8 horas por dia e contaram com a boa formação acadêmcia para esse feito exemplar.
    Elas deixam uma mensagem aos futuros advogados: “Gostaríamos de dizer que a Unopar foi essencial para que passássemos no Exame, por isso levem a faculdade a sério e estudem muito, pois a prova é difícil e é preciso pegar firme nos estudos para conseguir a aprovação”, enfatizam as meninas.
    Em reconhecimento ao feito exemplar, o Conselho do Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas (CCESA) da Unopar outorgou a Aline e Fernanda um Certificado de Honra ao Mérito Acadêmico, entregue na abertura da 3ª Jornada de Estudos Jurídicos, realizada de 29 de setembro a 1º no Teatro Marista. Viu só? Exemplos como esse é que devemos seguir! Ninguém atira pedras em árvore que não da frutos!!! Pense nisso.
    PARABÉNS DANILO! ALUNOS COMO VC FAZ A DIFERENÇA! VC É MUITO ESFORÇADO, INTERESSADO E INTELIGENTE! CONTINUE ASSIM! FICO ORGULHOSA!!!
    Cátia Casaes

    Anônimo says:

    Bom Cara tutora Cátia, muito obrigado pelo apoio. Com um comentário destes, o blog fica com cara de superestreia!Concordo com você em todos os sentidos. EStamos no Século XXI onde as mudanças são inevitáveis!TEmos que acompanha-la ou ficamos para trás na mesmice. É triste ver atitudes como esta vindas de orgãos que representam a classe. Mas não é a primeira e nem será a última vez que os assistentes sociais veem-se obrigados a romper com as paradigmas da maioria.

    Forte abraço!

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